‘Orquestra de Cordas de Volta Redonda está entre as melhores do mundo’, diz bispos católicos D. Luiz Henrique e João Messi

 

A Orquestra de Cordas de Volta Redonda, 1 e 2, com cerca de 160 músicos, sob a regência da maestrina Sarah Higino, se apresentou na noite desta sexta-feira, 17, na Igreja Santa Cecília, Rua 31, número 50, na Vila Santa Cecília, com 1h30 de duração. O público compareceu e aplaudiu demoradamente as apresentações, contando com as presenças do maestro Nicolau Martins, idealizador do projeto, e dos bispos Dom Luiz Henrique da Silva Brito, e Dom João Maria Messi, bispo emérito, além do pároco Vanderlei Alves de Oliveira.

 

O novo bispo da Cúria Diocesana Barra do Pirai e Volta Redonda, Dom Luiz Henrique, afirmou que o projeto Volta Redonda Cidade da Música, gerou orquestras que estão no mesmo nível das capitais da Europa. “O projeto é maravilhoso. Eu me sinto privilegiado porque eu assisti concertos em Londres, Paris, Viena e digo que a qualidade da música não perde em nada para essas orquestras, é musica de qualidade. Os pais e todos que estão envolvidos no projeto estão de parabéns e devem ficar orgulhosos. As autoridades constituídas devem continuar investindo e fico surpreso em saber que são 4.600 estudantes participando.  Estão resgatando os jovens que tem um talento especial para a música. E tem o nosso apoio para brilhar aqui em Volta Redonda, no Brasil e no mundo”, disse Dom Henrique.

 

O prefeito Samuca Silva, garante todo o apoio ao projeto Volta Redonda Cidade da Música, que tem a sua sede na Vila Mury.  “São estudantes de escolas públicas do município que têm a oportunidade de aprender música de qualidade, de ter uma educação musical que fará a diferença para um futuro melhor dessas crianças e jovens. A comparação com orquestras das capitais da Europa mostra que estamos investindo certo, dando oportunidades a mais de 4 mil jovens que serão pessoas melhores, tendo a música como uma bela profissão”. 

O bispo emérito João Messi acrescentou que se lembrou dos Meninos Cantores de Roma, Itália, muito conhecidos na Europa. “Vocês não são menos cantores do que aqueles. Peço a padroeira da paróquia Santa Cecília que abençoe a todos vocês e a comunidade pela beleza e alto nível da apresentação de louvor a glória de Deus. O canto é bonito para trazer alegria”, afirmou.

 

As falas dos bispos aconteceram no final da apresentação das Orquestras de Cordas, sendo que a Orquestra II abriu a noite sob a direção da regente Verônica Egídio, formada por jovens estudantes que estão na iniciação musical. A Orquestra de Cordas I é formada por professores, monitores, estudantes com aprendizado mais avançados.

 

A Orquestra principal teve como solistas, Reneide Gonçalves Simões (viola) e Daniel Diniza Magalhães (contrabaixo).  O projeto Música nas Igrejas abriu a temporada na Paróquia Santa Cecília, mostrou composições de Beethoven,  Samuel Barber, Anton Arensky,  K. D. Dittersdorf, Mendelssohn, Ernst Mahle, Adre Couch, com participação especial das flautas e trompas da Banda de Concerto. A maestrina Sarah Higino homenageou os 90 anos em vida do compositor alemão, naturalizado brasileiro, Ernst Hahle, que ajudou a formar músicos e orquestras em São Paulo. A abertura da programação foi feita pela diretora do Conservatório Musical Santa Cecilia, professora Iara Silva de Rezende.

 

O professor Nicolau Martins disse que o programa ‘Música nas Igrejas’ iniciou na administração do ex-prefeito Wanildo de Carvalho (1989-1992), em 11 igrejas. “A intenção era expandir a ideia de levar a música para as comunidades, começando pelas igrejas São Sebastião, e da 249, para o povo louvar e agradecer a Deus, incluindo a participação e vozes do público”.  

A maestrina Sarah Higino afirmou que o objetivo é formar plateias através da música de qualidade. Ela agradeceu os pais que incentivam os filhos no projeto Volta Redonda Cidade da Música. O músico solista Daniel Magalhães, 29 anos, graduado em contrabaixo pela UNIRIO, comentou. ”As igrejas têm uma excelente acústica para receber a música com qualidade. Professores e alunos crescem junto com o projeto nessas apresentações”.

 

O estudante de violino, Frederico Siqueira, 17, falou da apresentação. “É uma grande oportunidade que estou tendo e que eu gostaria que outros jovens também aproveitassem este momento. A música é uma grande fonte educativa para o futuro e torna as pessoas melhores”, comparou.

 

O público elogiou o espetáculo. “Está valorizando um trabalho de base que é feito com os jovens da nossa cidade. Fico feliz de ver essas crianças participando, que sairão músicos formados e pessoas conscientes”, alegou o representante comercial Célio Pereira, 57 anos.

 

A mãe de uma estudante,  Tatiana de Souza,  informou que a filha Rikelly Souza, 11 anos, que toca violino, há 4 anos no projeto Volta Redonda Cidade da Música, não perde um ensaio para fazer bonito nas apresentações.”Ela é toda empolgação e tem boas notas na escola”.

 

Outras igrejas católicas e evangélicas farão parte da programação Música nas Igrejas.

 

 Por Afonso Gonçalves, fotos de Gabriel Borges, SecomVR
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