Local, que já foi referência de modernidade no país e que abriga complexo de saúde, está em situação precária

O Estádio General Sylvio Raulino de Oliveira, o Estádio da Cidadania, que já foi uma referência de modernidade no país, hoje sofre com estruturas danificadas, enferrujadas e infiltrações. Nem de longe lembra o espaço que abrigava milhares de pessoas por dia em busca de serviços de Saúde e Educação, bem como para assistir jogos de futebol. A situação de abandono em que o estádio foi deixado começou a ser documentada por servidores na sexta-feira, dia 08. A partir daí, será elaborado um relatório para ser levado ao prefeito Antônio Francisco Neto.

A previsão inicial é que uma revitalização - ainda primária – pode custar algo em torno de R$ 1 milhão. No entanto, os primeiros passos para recuperar o espaço já estão sendo dados pelo atual governo, com os meios disponíveis. O objetivo é que tanto a estrutura esportiva quanto a área da saúde (Policlínica, o Centro de Imagem, Fábrica de Óculos, Academia da Melhor Idade, Academia da Vida) possam ser usadas de maneira digna pelos moradores de Volta Redonda o mais rápido possível.

"A situação é muito ruim. É de cortar o coração, mesmo. Quem viu o Raulino antes e vê o que fizeram com ele nem acredita. Parece que o estádio ficou fechado quatro anos e estamos abrindo agora. Aqui já foi um polo de saúde referência para todo o Brasil, visitado e elogiado por ministros da Saúde", disse Milton Alves de Faria, que vai administrar a Policlínica da Cidadania.

Por conta da pandemia da Covid-19, o estádio abrigou em 2020 o Hospital de Campanha, que ficou instalado no gramado de jogo. Mesmo assim, acabou tendo a manutenção e os cuidados necessários deixados de lado. Com a estrutura usada para acolher as vítimas do novo coronavírus desmontada, além do próprio gramado, as instalações esportivas, como vestiários e arquibancadas estão sem condições de uso. O acesso ao campo através dos vestiários, feitos por atletas e comissão técnica, por exemplo, está interditado devido a um alagamento. De acordo com funcionários, o problema se estende por meses, já que uma bomba de sucção de água estaria queimada e a água da chuva acaba ficando empoçada no local.

Além do cheiro de mofo e infiltrações por todos os lados, o abandono fica nítido também pela presença maciça de pombos. Nos andares mais altos do complexo esportivo e de saúde, os animais fizeram ninhos e há fezes por todos os lados. Outro problema que preocupa os atuais administradores é a condição das arquibancadas. A sujeira tomou conta e há necessidade de pintura.

Foto: Geraldo Gonçalves/PMVR

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