Projeto realiza visitas ao espaço para grupos e estudantes, com o objetivo de apresentar parte da história e cultura da população negra

 

O Memorial Zumbi, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, abriu o agendamento para o Tour Afro Pedagógico, projeto iniciado em 2023 que tem por objetivo receber grupos e alunos das escolas das redes pública e particular de ensino, para conhecer um pouco da história da população negra e da cultura afro-brasileira, passando por todas as suas vertentes.

Segundo a coordenadora do Memorial, Renata Ferreira, as escolas e grupos interessados em fazer o tour podem ligar para o número (24) 3512-9860 a fim de marcar uma data. As visitas podem ser agendadas nos horários de 9h ou 14h, de segunda a sexta-feira. Até o fim do mês, cerca de 250 alunos da rede municipal de ensino, em três turmas, deverão conhecer o espaço. O Memorial Zumbi vai oferecer datas para o Tour Afro Pedagógico até dezembro.

O tour é composto por bate-papo, visita à biblioteca do equipamento cultural, apresentação das obras de arte e exibição de um filme, sempre voltado à temática afro-brasileira.

“Os temas (dos bate-papos) são a história do Memorial Zumbi, a estética do espaço, sobre nossas obras de arte e sobre a importância da nossa biblioteca”, explica Renata. “Quando incluímos outros projetos no tour, como a Semana Dos Museus, Semana da Cultura Popular e Semana da Mulher Negra, entre outros, teremos convidados para abrilhantar o tour. No segundo semestre ganharemos o reforço da contação de histórias.”

A fim de reforçar a presença dos estudantes no projeto, o Memorial Zumbi fez uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) para incentivar as visitas escolares. Como um dos resultados, será realizado no próximo dia 12 o 1° Encontro Cultura Afro Pedagógica, quando será reforçado com os educadores do município a importância do projeto.

Conhecendo as origens

A coordenadora do Memorial Zumbi acrescenta a importância do projeto, principalmente para o jovem estudante, por apresentar uma dimensão histórica e cultural que, normalmente, o livro didático não oferece.

“A gente começa a fomentar isso para a população, para os jovens, porque não vamos ficar aqui para sempre. Então a gente precisa construir esse lugar de pertencimento para os jovens. O jovem da periferia, o jovem branco, o jovem negro, ele precisa saber de onde ele veio para saber que rumo tomar, inclusive no futuro dele. Então o Memorial Zumbi é esse espaço que traz a possibilidade de virar uma chave e ele se entender como um menino preto, como uma menina preta, as suas potencialidades”, argumenta. “Nós temos alguns depoimentos muito interessantes dos jovens que já passaram por ali. Tudo isso, aliado a um bom bate-papo, a um bom debate, a um bom audiovisual, agrega para ele não só lá no futuro, mas para o momento atual.”

Foto de arquivo.
Secom/PMVR

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